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TBT: A moda e a 2ª Grande Guerra

No tempo que estamos vivendo, é possível ver como um único evento pode influenciar setores e mercados nos mínimos detalhes. A pandemia fechou lojas, isolou todos nós e tivemos que nos adaptar a essa situação. Na Segunda Guerra Mundial não foi diferente. Embora hoje enfrentemos uma crise sanitária, naquela época a humanidade vivia em combates e com o constante medo do nazismo. E isso, claro, afetou a indústria da moda em um nível sem precedentes. A indústria tinha a Europa como pilar. Afinal, as maiores grifes do mundo estavam localizadas na França, Itália e outros países do continente.

 

 

No período em que a guerra se intensificou por lá, muitas Maisons tiveram que fechar, por motivos econômicos ou até para fugir dos horrores da guerra. A Itália, conhecida por seus acessórios de couro, presenciou surgimento do fascismo de Mussolini. Até mesmo o Reino Unido, que tinha uma notória produção de alfaiataria, pediu um racionamento na produção de roupas em 1941, e que só teve fim em 1949. Para a produção da área não parar, muitos tecidos refinados foram substituídos por viscose e materiais sintéticos.

Após a guerra, o império da moda estava sofrendo ainda em decorrência da crise que o mundo viveu. Ali, tudo tinha mudado. O consumo havia mudado e a mentalidade das pessoas no geral também. No design, cores mais sóbrias ocuparam lugar no vestuário feminino. E foi logo depois do final da Guerra, em 1946, os Estados Unidos (que haviam lucrado com a guerra) começaram uma produção em massa de roupas, chamadas ready to wear, que na tradução literal significa “pronto para vestir”. A partir daí, o consumidor poderia entrar em uma loja e escolher seu próprio vestuário de acordo com a sua numeração. E isso, claro, não demorou para chegar na Europa, quando Pierre Cardin começou a produção, junto com a loja de departamento francesa, Printemps, de uma mesma roupa com várias numerações. Assim nascia o “prêt-à-porter”.

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